Nós batemos um papo com a Dra. Izabella Rezende, dermatologista especialista em tricologia (em cabelo) e tiramos algumas dúvidas sobre a saúde do nosso cabelo e couro cabeludo.
Perguntamos quais os principais motivos de queda do nosso cabelo, que causa duvida e indignação em muitos. Ela nos conta que a queda androgenésica é a mais frequente em sua clínica. Que pode ser por questões de origem genética ou devido ao uso de medicações com andrógenos (reposição hormonal, testosterona). Além disso o Eflúvio telógeno ou doenças inflamatórias, dermatite seborreica, excesso de químicas ou alisamentos também estão entre as mais frequentes.
A Dra. Izabella nos explicou que a maneira mais eficaz, mesmo sabendo que cada caso, é um caso, é procurar o quanto antes a ajuda de um dermatologista. “Na maior parte dos casos o tratamento de primeira linha, com medicamentos via oral, xampus e loções, já resolve. Para potencializar o resultado, pode ser feito aplicações de vitaminas, Minoxidil ou finasterida, com injeções ou via MMP (Micro infusão de medicamentos na pele.)”
Perguntamos a nossa Dra., quais tratamentos estão disponíveis hoje, como funcionam, se existe alguma contraindicação em algum caso… Ela nos conta que medicamentos orais e tópicos são fundamentais, prescritos na consulta dermatológica e, em alguns casos, o uso contínuo é mandatório. Além do mais, existe a possibilidade de melhorar a densidade e o volume capilar, ajudando a reduzir queda ativa e aguda com injeções no couro cabeludo (técnica chamada de mesoterapia capilar. Esse tratamento pode ser feito semanalmente ou a cada 2 semanas. O MMP é um aparelho que injeta micro doses no couro cabeludo, como um aparelho de tatuagem. Claro, sempre lembrando que a consulta dermatológica prévia é fundamental, porque é nessa consulta que será definida a mescla na sessão de mesoterapia ou MMP. Cada tipo de problema exige diferentes tipos de tratamento.
Nossa jornalista perguntou se uma pessoa tem algum tipo de “herança hereditária”, ou doença autoimune, problemas na tireoide, etc., se isso pode alterar o tipo de tratamento e se é possível reverter o quadro de queda capilar. Para vocês que sofrem com isso, a resposta é SIM!
O quanto antes o paciente buscar ajuda, melhor! Alopecias com padrão genético ou associados a doença de base pode sim ser revertidos, porém, na maioria das vezes requer tratamento contínuo. O único tipo de queda que é irreversível são as alopecias cicatriciais por motivos inflamatórios ou auto imunes. Por isso a Tricospopia e, em alguns casos a biópsia são importantes para direcionar o tratamento, resolver e estabilizar o quadro, antes da evolução da doença.
Valendo lembrar também que a falta de vitamina no organismo pode ocasionar ou intensificar a queda de cabelo. Para isso sempre pedem no screening, importante avaliar anemia, ferritina e tireoide.
Se a Dra. Izabella pudesse dar um conselho sobre os cuidados com os cabelos, seria evitar agredi-lo. Mantendo ele o mais natural e evitar os alisamentos, tais como escova orgânica, botox capilar, progressiva, escova de chocolate, etc. Ela nos contou que quase todos os casos de redução drástica do volume capilar e queda aguda são de pacientes que fez algum tipo desses alisamentos.
Intrigada com todas as respostas da Dra. Izabella, nossa jornalista que sofre com a oleosidade capilar e há necessidade de lava-los diariamente, se é possível diminuir essa oleosidade. Para o alivio dela, e de muitas de nós, sim, é possível! Existem produtos que limpam sem agredir, com substancias quelantes dos resíduos. Ela explica que o ideal é um meio termo. Um xampu que limpe sem agredir ou ressecar o couro cabeludo, e ter um xampu para usar 1 ou 2 vezes na semana com ação de limpeza e detox.
A lavagem diária não causa nenhum dano aos fios, o importante é sempre manter o couro cabeludo saudável e limpo. Ela ainda ressalta que os pacientes que fazem atividades físicas ou tem o couro cabeludo muito oleoso devem sim lavar todos os dias.
DICAS!
Usar xampu low poo ou suave, e uma vez na semana um xampu Detox.
Se for secar todos os dias, não esqueça de aplicar o leave in protetor térmico. Não utilize o secador na temperatura máxima ou aproximar muito dos fios.
