por Milton Strassacappa

O DIA MAIS IMPORTANTE

Ainda se fala muito sobre o poder do pensamento positivo, em imaginar um futuro feliz e conquistando aquilo que se deseja. Trazendo para a mente as sensações, cores e cheiros daquele futuro, materializando-o primeiro na mente para que se torne realidade na vida. Essa prática foi popularizada por 

Rhonda Byrne com sua Lei da Atração, mas não é uma novidade, é um conselho repaginado do início do século passado, popularizado por autores como Napoleão Hill e seu livro, “Quem pensa enriquece”, o nono livro mais vendido de todos os tempos. Sobre isso, prefiro não comentar, quero na verdade propor uma outra técnica: pensar sobre a morte.

Sei que isso pode parecer um pouco mórbido, mas não é uma ideia nova. Antigos filósofos gregos como Sêneca e Epiteto, e até mesmo Buda Sidarta Gautama, nos convidavam a meditar sobre a morte. Sim, você mortinho. Visualize isso por um instante. Se preferir uma imagem um pouco menos grotesca, pode imaginar o caixão ou o vaso de cinzas. Não importa.

Agora, tem um detalhe: você precisa imaginar que a morte é amanhã, não daqui a 10 ou 20 anos, não depois que já viveu tudo o que queria. Simplesmente amanhã. Todos os seus medos e ansiedades não tiveram tempo de se concretizar. O julgamento ou admiração das outras pessoas não mudou nada em seu destino. Seus entes queridos choraram por você, mas agora já estão planejando como seguirão suas vidas. E em breve, eles serão felizes novamente, sem você.

Isso tudo te traz sofrimento? Medite sobre isso. Essa é a realidade, e não há garantia alguma de que essa imaginação não se cumprirá amanhã. Afinal, o fim é uma parte importante do ciclo da vida. Mas essa meditação tem um objetivo: recalibrar seu coração hoje. Afinal, hoje pode muito bem ser seu último dia. Cada conversa, cada abraço, tudo que você vê, toca, sente, prova e cheira pode ser o último. Como você valorizará isso agora?

Pensar sobre a morte, não precisa ser fonte de dor, pode ser apenas um lembrete de que todo dia é importante. Primeiro, porque é o único que você tem, segundo, porque pode ser o último.

 Por: Nathan Sanches

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