por Dra Maisa Kairalla

É POSSÍVEL ENVELHECER BEM COM HIV?

A resposta é SIM!

Se fizéssemos este questionamento entre os anos 1980 e 1990, início da Pandemia dessa infecção no mundo, a resposta certamente seria bem diferente.

Há 30 anos, o cenário era  tão diferente do atual, que seria improvável pensar em um idoso com HIV. Era um vírus associado `a “juventude”. Isso porque, neste período, após diagnosticada com a infecção, a pessoa tinha uma expectativa de vida de apenas 1-2 anos, ou seja, dificilmente chegaria aos 60+

Se o cantor Cazuza (1958 – 1990) estivesse vivo hoje, que ele foi diagnosticado soro positivo, estaria entre os mais maduros com HIV. Na época em que ele foi diagnosticado soropositivo, o tema ainda era obscuro em termos de tratamento e conhecimento sobre a infecção.

O que mudou esta realidade? Podemos creditar esta transformação a fatores como a eficácia da terapia antirretroviral, que possibilita aqueles que têm diagnostico precoce e seguem corretamente o tratamento vivem não apenas mais, mas com qualidade de vida, podendo, inclusive, alcançar uma carga viral indetectável.

Os jovens e adultos de 3 décadas atrás, são os idosos com HIV da atualidade. E não para por ai: a população 60+ também é sexualmente ativa. Portanto, deve ter os mesmos cuidados indicados para prática de sexo seguro que as demais faixas etárias. Parece óbvio, não é? E, de fato, seria, se não houvesse um alto índice de infecção por conta disso.

Para se ter uma idéia, em 10 anos, o número de idosos com HIV no Brasil cresceu 103% 

 

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