Na pré-história, de acordo com aquilo que nos conta esse período, os nossos antepassados não faziam a quantidade de refeições que nós fazemos hoje. Pode-se dizer que, regra geral, comemos mais do que devemos?
Através da alteração dos nossos hábitos quotidianos, é possível não só viver-se mais, mas acima de tudo viver-se melhor, com mais saúde e felicidade. Até porque se somarmos anos é uma inevitabilidade, mas envelhecer não.
É verdade que comemos muito mais do que devemos. Não nos esqueçamos que os nossos genes são ainda muito os dos nossos antepassados, a variação foi unicamente de 1%, quando apareceu a Agricultura (que nos trouxe o açúcar, os cereais e os lacticínios).
Somos o que comemos, mas também somos o resultado de onde vivemos20.
Se pensarmos na genética, vale 15% e a epigenética (a nova ciência que ensina a modular o comportamento dos nossos genes modificando-lhes a forma como se expressam), vale 85%. Podemos dizer que a genética põe ‘a bala na câmara’ mas é a epigenética que põe ‘o dedo no gatilho’.
As pessoas que fazem tudo para emagrecer e não conseguem deveriam começar por pedir ao seu médico assistente que avalie a sua tiroide. Acontece muitas e muitas vezes que uma situação de hipotiroidismo pode estar por detrás dessa situação. Sem hipotiroidismo, sim, é difícil com o regime apropriado não se conseguir emagrecer.
O segredo está em tomar a decisão (costumo dizer que o “QUERER” é uma chave que só abre por dentro). Quando o consciente toma a decisão o subconsciente faz a provisão, e assim sendo, a pessoa pode ficar surpreendida com a facilidade com que pode atingir o seu objetivo.
O açúcar (um dos nossos principais inimigos pelo fenómeno de resistência à insulina que provoca, inflamação), a caseína (a proteína dos lacticínios) e o cortisol em excesso (provocado pelo stress excessivo), os alimentos processados, que embora aparentam ser saudáveis, nos enganam pelo seu sabor adocicado e salgado com o objetivo de captar a nosso gosto e atenção.
Comer os alimentos corretos, naturais, biológicos, antioxidantes, anti-inflamatórios, ricos em boas gorduras e pobres em açúcares, glúten e caseína, fará a diferença na forma como nos possamos sentir, física e mentalmente. Sim, os alimentos também nos poluem mentalmente.
Existe a evidência clara que uma restrição calórica bem planeada, ou seja, a prática do jejum intermitente, além de nos manter o peso dentro dos limites do razoável e contrariar o envelhecimento, também previne e trata algumas das doenças que lhe estão muitas vezes associadas, como o Alzheimer, o Parkinson e a epilepsia – o primeiro tratamento contra esta doença foi precisamente o jejum. Na realidade, a restrição calórica e o jejum atuam sobre o metabolismo da energia, dos lípidos e das proteínas, sobre o sistema neuroendócrino, hormonal e imunitário, melhorando as funções cognitivo-comportamentais e reprodutivas, a radiosensibilidade, a apoptose (morte programada de células indesejáveis), estimulando ainda os biomarcadores do envelhecimento.