O Dia Internacional da Saúde Mental é celebrado no dia de hoje, 10 de Outubro, e destaco aqui, a importância de conscientizar a sociedade sobre a depressão – um transtorno psicológico que, silenciosamente, atinge pessoas de todas as idades e classes sociais.
Depressão é uma doença que pode ser ocasionada por uma disfunção bioquímica no cérebro devido a alterações nos neurotransmissores. Os principais são: serotonina, dopamina e noradrenalina – responsáveis por nos proporcionar o bem-estar.
Existem diversas causas da depressão, porém ainda não foi possível identificar qual componente exato é responsável pelo seu desenvolvimento. Por conta da complexidade do problema, é possível apontar diversos agentes para isso.
Compreender as diferentes abordagens do assunto permite uma melhor identificação da questão. De acordo com o Ministério da Saúde, os motivos de depressão podem ser divididos em três grupos: biológicos, genéticos e eventos vitais.
Antigamente pouco se falava sobre transtornos psicológicos, o choro era interno, a dor era sentida sozinha e o suicídio era silencioso.
Ainda nos dias de hoje, é difícil falar abertamente sobre esse tema.
Fui diagnosticada com depressão aos 12 anos de idade, hoje, aos 27 anos, ainda lido com pessoas próximas falando que é “frescura”, que essa tristeza dentro de mim se trata de “excesso de felicidade”.
Infelizmente é muito comum pessoas que nunca sofreram desse transtorno, interpretem erroneamente a nossa “tristeza”.
E não podemos culpa-las se, até mesmo nós, que sofremos com esse transtorno psicológico, temos receio de falar sobre.
Em 2017, um amigo meu de 18 anos se suicidou, em 2019, um amigo da família se suicidou no prédio em que morávamos. Esse ano, perdi um outro amigo para o suic´´´ídio.
Sou ex-suicida, também. Aos 16 anos atentei contra a minha própria vida. Quando falo sobre isso, a primeira pergunta que me fazem é “nossa, mas você não tem vergonha de falar sobre isso?” – a resposta é rápida: NÃO!
Precisamos falar sobre a depressão e o suicídio para que, cada vez mais, as pessoas procurem ajuda, queiram encontrar outros que, assim como eles, passaram por esse momento e seguem aqui.
Onze anos se passaram e posso dizer: Ainda bem que não sucedi! Eu vivi muita coisa ruim, claro. Mas vivi tantas coisas maravilhosas! Conheci tantos amores, amigos, culturas, países…
Passa! E vocês não estão sozinhos!
Existe um canal chamado CVV (Centro de Valorização a Vida) que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias!
O site é www.cvv.org.br e o número é 188!
Procure ajuda.