LACTATO - Vilão ou mocinho? ENTENDA MELHOR Lembre-se que precisamos de ATP (Adenosina Trifosfato) para realizar a contração muscular — nossa “moeda energética”. Essa moeda é produzida em maior quantidade e rapidez no metabolismo anaeróbio lático, que tem como substrato a glicose advinda do glicogênio armazenado no músculo e no fígado. Esse processo metabólico acontece a todo o momento, especialmente quando aumentamos a intensidade do exercício em atividades com mais de 15 segundos. Um exemplo prático de quando isso acontece é quando hiperventilamos durante aquele esforço nas subidas e sprints. Em conjunto com o ATP, esse sistema de glicólise anaeróbia produz nosso personagem - O Lactato. Percebam como o organismo é inteligente: ao mesmo tempo em que gastamos mais energia por aumentar o nível de esforço, produzimos ATP de forma mais acelerada e consequentemente, mais lactato. Entretanto, o organismo vai muito além. Ao cair na corrente sanguínea, o lactato entra no fígado e é reconvertido em glicose. Se continuarmos fazendo exercício de alta intensidade, o que acontece em alguns momentos da prática de certas modalidades, o fígado libera essa glicose para que o músculo reutilize como substrato, alimentando novamente o metabolismo anaeróbio lático, produzindo então ATP (nossa moeda energética) e lactato. Assim, garantimos a continuidade das ações musculares no nosso exercício em um ciclo interessante e inteligente. Agora, se ficarmos em repouso, o fígado armazena essa glicose advinda do lactato em glicogênio, estocando e garantindo energia para outro dia ou exercício. A fadiga e a dor muscular que alguns creditam ser o lactato o vilão da história. Na verdade o que acontece é o acúmulo de hidrogênio e fosfato inorgânico e alterações do PH celular. Portanto, o lactato é um elemento essencial para a produção de energia durante a prática de exercícios ou modalidades esportivas como o MTB, ao contrário de ser um gerador de fadiga, como é conhecido e temido entre os praticantes. A sensação de fadiga é um fator decorrente de outras reações bioquímicas, e não do lactato. O Lactato, quando medido pode ser utilizado como um indicador de intensidade (o quão intenso está a rotina).
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