por Wilmar Villas

HIIT – HIGH INTENSITY INTERVAL TRAINING

De alguns poucos anos para cá, o  HIIT ficou muito conhecido, mas já é amplamente usado há muitos anos  com foco no ganho de condicionamento físico em esportes como a corrida e o ciclismo. Em 1952 Emil Zatopek surpreendeu o mundo ao ganhar 3 medalhas de ouro nas olimpíadas de Helsinki em provas distintas. Foi campeão nos 5.000m, nos 10.000m e na maratona (42.195m). Ao analisarem seu treino, viram que ele utilizava estímulos intensos com intervalos (passivos ou ativos), portanto, similar ao HIIT. A partir disso, o HIIT começou a ser amplamente utilizado para aprimorar tanto o sistema aeróbio como o sistema anaeróbio de atletas. Nós últimos anos, essa técnica começou a ser reconhecida e utilizada também para o emagrecimento. O fato de utilizar menos tempo com alta intensidade e gerar certa motivação, fez com que a modalidade conquistasse muitos adeptos. As 4 segmentações do treino HIIT Os protocolos HIIT são subdivididos em 4 grupos: RST: são os Repeated Sprint Training. São sprints repetidos várias vezes com intervalos curtos. São caracterizados por sprints de 3 a 7 segundos e intervalos menores que 60 segundos. Quando falamos Sprint, estamos nos referindo a estímulos “all out”, em que o aluno irá atingir o seu potencial máximo durante um curto intervalo de tempo. Um protocolo que se encaixa nesse modelo seria o trapp, com 60 estímulos de 8 segundos e intervalos de 12 segundos entre cada estímulo. SIT: seria o Sprint Interval Training. Novamente, são sprints intercalados por intervalos (passivos ou ativos). Sua diferença para o RST é que os sprints no SIT são feitos em 20 a 30 segundos com descansos maiores de 2 a 4 minutos. Os protocolos SIT são extremamente exaustivos. Um protocolo bem famoso que se encaixa  nesse grupo é o wingate, que é caracterizado por 4 a 6 estímulos de 30 segundos e intervalos de 2 a 4 minutos entre os estímulos. HIIT de intervalo curto: Estes são protocolos caracterizados por intervalos de descanso menores ou iguais a 60 segundos entre os estímulos, entretanto, não são sprint. Um protocolo bastante utilizado que se enquadra neste grupo é o protocolo gibala, adaptado com 60 segundos de estímulo e 60 segundos de descanso, repetidos de 8 a 12 vezes. É um protocolo bem fácil de implementar com alunos iniciantes visto que é feito em uma intensidade mais baixa, a 60% do vo2 máximo. HIIT de intervalo longo: por fim, temos os protocolos com intervalos de descanso maiores que 60 segundos entre os estímulos. Aqui podemos enquadrar protocolos como o wisloff, feito com 4 estímulos de 4 minutos e intervalos de 3 minutos entre os estímulos. Ele tem sido amplamente estudado em hipertensos e cardiopatas, com excelente resultados. Referências:  BUCHHEIT, Martin; LAURSEN, Paul B. High-intensity interval training, solutions to the programming puzzle. Sports medicine, v. 43, n. 5, p. 313-338, 2013.

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