A RELAÇÃO DA MANDÍBULA COM A POSTURA

Dores no maxilar?

A articulação temporomandibular funciona como uma espécie de dobradiça que liga a mandíbula ao crânio, disfunções nessa articulação são comuns e podem causar uma série de desconfortos, conhecida como “Dor nos maxilares”. Apresentando sinais e sintomas clínicos caracterizados por dores de cabeça, ruídos (estalidos) e dificuldades para mastigar.
A Disfunção Temporomandibular tem despertado muito interesse científico devido a sua alta prevalência, chegando afetar 60% da população feminina de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Dental e Craniofacial dos Estados Unidos, sendo a segunda maior condição muscular causadora de dor.
A prevalência de DTM no sexo feminino pode estar relacionada a uma maior flacidez dos tecidos e ao aumento do nível de estrógeno. As articulações das mulheres são geralmente mais flexíveis e menos densas que as dos homens.
A dor causada pela Disfunção Temporomandibular (DTM) pode levar a pessoa fazer involuntariamente adaptações em todo o sistema muscular, modificando a biomecânica das articulações causando assim alterações posturais que podem refletir em outros pontos de dor pelo corpo.
Existe uma forte relação da Postura com a DTM, devido à influência dos músculos do crânio e da região cervical com o conjunto de estruturas bucais, através da ação das cadeias musculares anteriores e posteriores do nosso esqueleto.
Os desvios posturais mais presentes são:
– Anteriorização da cabeça (aumento da lordose cervical).
– Desnivelamento entre os ombros.
– Rotação craniana.
Estas alterações mecânicas podem desencadear  uma perda de movimento das articulações, evoluindo como causa para diversas patologias, como: sobrecarga no complexo do ombro (tendinites do manguito rotador), hérnias cervicais (sobrecarga mecânica), cervicalgias (desequilíbrio muscular), dores de cabeça tensionais (contração musculatura  pescoço), vertigens ( síndrome labiríntica ), e os trigger points que são espasmos musculares na região da escápula, causando dores que irradiam por toda região.
A Fisioterapia tem um papel muito importante na avaliação e tratamento da DTM, uma vez que abrange diversas áreas que atuam diretamente nessas disfunções, dentre elas podemos citar:
– RPG (Reabilitação Funcional Global).
– Osteopatia, método que trabalha o alinhamento postural, restabelece a função mecânica da articulação temporomandibular, da coluna cervical e do crânio.

– Fisioterapia Ortopédica, que reequilibra a musculatura da cintura escapular.

– Acupuntura, que reestabelece o equilíbrio muscular e diminuição da dor.

Para um correto tratamento o mais importante de tudo é a rapidez no diagnóstico clínico, por isso, faz-se necessário um trabalho de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, dentistas e fonoaudiólogos para evitar a evolução do quadro da dor, considerando que a DTN é, na sua maioria, a causa de inúmeros problemas ortopédicos.